quinta-feira, 6 de junho de 2013

Experiências com leitura na infância

FABIANA CANAVESE SMANIA

Minha experiência com a leitura foi iniciada bem cedo,antes mesmo de ter nascido!!Meu pai contou que ficava cantando quando minha mãe estava grávida, pois sempre gostou de música e tocava violão.Minha avó,por parte de pai, lia muitos livros e era apaixonada pela Agatha Christie,cresci ouvindo trechos das suas histórias e como meu pai também sempre gostou de ler,desde cedo tive contato com a leitura.Os favoritos do meu pai eram os gibis,que colecionava desde a infância.
Alguns anos depois que eu nasci meus pais passaram a colecionar livros do Walt Disney,os quais muitos possuo até hoje e estou passando aos poucos para a minha sobrinha ler,ela irá fazer 10 anos.O interessante é que meus pais liam pra mim e depois eu tinha que contar as  histórias para eles.Já na primeira série, passei a ler  e contar as histórias para minhas bonecas , ursos de pelúcia e pouco tempo depois lia para os meus irmãos menores.
A herança de tudo isso é que hoje adoro ler e tenho sempre um livro,ou dois na cabeceira da minha cama mesmo que seja para ler um pouco por dia antes de dormir!!
                                                                                  Abraços para todos!!


GIZELIA APARECIDA DA SILVA MARTINS



Minhas primeiras lembranças em relação a leitura estão sempre relacionadas a minha querida mãe, que apesar de muito pouco estudo, sempre adorou ler. Lembro que ela me sentava sobre a mesa e enquanto realisava seus afazeres domésticos , contava belos contos de fadas, eu ficava encantada , sonhando com aquele mundo encantado. Moravamos ao lado de uma pequena escola e eu ficava na janela observando as crianças irem para a escola e sonhando com o dia em que eu mudesse estar dentro dela.
Quando passei a frequentar a escola tive a sorte de ter uma professora muito especial, que alfabetizava contando história, cantando, enfim encantando a todos. Um fato que foi muito marcante na escola foi quando minha professora mostrou um texto que eu havia escrito, para uma outra professora que o olhou o meu texto  todo riscado na cor vermelha, destacando os muitos erros ortográficos e disse com o maior desprezo  "que horror" e minha professora retrucou, que era para ela ler a minha história e não ficar olhando os erros. Fiquei muito orgulhosa e feliz, me senti valorizada. Enfim meu contado com a leitura e escrita foi sempre maravilhoso.Para mim ler é algo mágico, que nos abre inúmeras possibilidades de viajar, sonhar através da leitura. 

EDNA DE SIQUEIRA SILVA

Minha relação com a palavra começou nas histórias da "roça" que minha avó contava. Cheias de detalhes, cores, sons, surpresas e fantasias, sua fala "inculta" me levava ao mundo das mulas sem cabeça, do saci, da velhinha da lenha e tantas outras histórias que fizeram do meu pequeno mundo um universo! Quanta sabedoria em cada conto...uma lição de moral aprendida sem precisar de imposição de regras. Aos seis anos, alfabetizada por minha mãe, já lia os livrinhos que meu pai fazia questão de comprar para mim. As gravuras ainda estão impressas em minhas memórias e o orgulho dos meus pais ao me ouvirem lendo ainda aquece meu coração. Minha avó era analfabeta, meus pais não chegaram ao quarto ano primário, mas a leitura em casa era quase um ato sagrado. Não tínhamos televisão, nossa vida era simples, mas nossa estante era cheia de livros. Lembro-me de uma coleção de Mitologia Greco-romana que meu pai foi montado aos poucos, fascículos semanais. Era quase como se comemorássemos o Natal uma vez por semana, quando ele trazia o livro para que eu lesse primeiro. Analisávamos a árvore genealógica dos deuses, discutíamos a (duvidosa) moral dos imortais, as fraquezas dos humanos e as guerras deflagradas por qualquer motivo. Meu mundo expandiu-se ainda mais. E assim fui seguindo minha vida de leitora voraz de tudo que me caísse às mãos. Hoje, quando quero levar um texto para a sala de aula, leio-o várias vezes antes, ensaio entonações e gestos, pois desejo que meus pequenos sintam, como eu, a emoção que a palavra bem colocada traz. Se um dia me faltarem a visão, a fala e a audição, me restarão as memórias e os mundos que imaginei e nos quais, certamente, viajarei.

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